HISTÓRIAS DA BOLA

Jaime Bramatti, o Serramalte e Constante Rogério Richetti tem muitas histórias em comum e uma vida de amizade dentro e fora dos campos. Ambos nasceram em Getúlio Vargas, município localizado no noroeste gaúcho, e de lá trouxeram a amizade para terras catarinenses.

Serramalte veio primeiro, morou em Fraiburgo e Lages, antes de vir atuar na Perdigão em 1965. Em Lages, jogou no Internacional e até hoje é lembrado pelas suas boas atuações no estadual de 1964. Depois que chegou em Videira, dois amigos vieram visita-lo, para relembrar os velhos tempos. Richetti e Arrepio vieram encontrar o amigo, mas acabaram encontrando oportunidades, já que Serra os indicou para teste na recém-formada equipe da Perdigão.

Richetti não só foi contratado como se tornou a principal estrela do time campeão. A amizade entre os dois só cresceu desde então e, segundo Serramalte, isto refletia dentro de campo. Ele sabia que quando o camisa 10 começava a enfileirar os adversários pela esquerda, próximo a bandeira de escanteio, era só se posicionar na segunda trave que a bola iria na sua cabeça. Porém, certa vez a jogada teve o destino alterado, mesmo tendo o início de sempre.

Richetti foi para o lado esquerdo, se livrou dos marcadores e cruzou, mas a bola não veio no alto, Serramalte dividiu com o zagueiro e sentiu o joelho na mesma hora. A carreira foi interrompida, a dupla se separava nos gramados, mas não fora dele, já que continuaram a fazer suas festas e jantares sempre juntos. Até hoje.